A Bíblia é machista?

Não.

Na verdade, a Bíblia é contra qualquer tipo de parcialidade e injustiça.

A Bíblia chega até a dizer que, se um homem espancar a esposa, as orações dele serão interrompidas no céu. (1 Pedro 3:7).

Quando Deus projetou o homem e a mulher, na verdade estava projetando uma família, pai e mãe, e não apenas parceiros sexuais ou coisa do gênero. Deus jamais pensa puramente em termos sexuais.

Podemos comparar o que Deus quer do homem e da mulher com o fato de sermos de carne e osso. A carne movimenta o corpo, mas sem os ossos não passa de uma massa flácida, e não anda. Os ossos são firmes e duros, mas também não andam sem a carne. Com o homem e a mulher, é a mesma coisa: um mundo só de homens ou só de mulheres não iria para a frente, a não ser nas fantasias dos gibis. Mas na vida real a história é outra.

Deus, de acordo com a Bíblia, criou a mulher originalmente como ajudadora. Uma ajudadora não é exatamente a mesma coisa que uma escrava. Um bom exemplo seria uma secretária: a secretária está lá, é paga para auxiliar o patrão com a papelada, mas, na vida real, a lei não permite que se maltrate uma secretária, sob as penas da lei - ela é reconhecida como uma pessoa (ou pelo menos isso seria o ideal). Todavia, na própria Bíblia não existem, a priori, impedimentos para que uma mulher suba na vida a altos escalões, ao menos não da parte do próprio Deus. Exemplos disso são a própria rainha Ester, que saiu de uma posição de escrava, e a profetisa Débora. 

Vivemos num mundo aonde as coisas não são bem assim: a violência e desrespeito contra a mulher são uma triste constante nos noticiários policiais, não raro seguida de morte. Mas Jesus Cristo, há dois mil anos atrás, ousou contrariar os costumes da época, tratando as mulheres como pessoas, como gente, estendendo isso até mesmo a mulheres de "má vida". Isso era considerado errado naquela época. Se um homem quisesse maltratar a própria esposa, não havia "disque 180", nem nada semelhante. Era como se a mulher fosse uma posse. 

"Mas Deus quer que as mulheres fiquem caladas na igreja.". O que é dito nas cartas de Paulo, na verdade, é que as mulheres devem evitar a fofoca, o falar mal sobre a vida alheia.  Muitas mortes já foram causadas porque Fulano fofocou sobre Beltrano, e Beltrano foi tirar satisfação. Existem muitas partes da Bíblia que dizem, a ambos os sexos, que o que você diz tem poder, para o bem ou para o mal. Quantas vezes palavras mal colocadas já foram causa de brigas, inimizades, e até mesmo de morte... Se alguém, por outro lado, disser palavras sábias e bem pensadas, não importa se é homem ou mulher, palavras que ajudem, colherá o bom fruto do que disser. 

Além disso, a história toda do véu na igreja e coisa e tal eram os padrões da moda da época. Seria, em termos e padrões de hoje, como homens e mulheres irem à igreja com roupas simples, normais, que não chamem atenção para as partes do corpo que atraem o sexo oposto. Boa parte das igrejas se veste precisamente assim, e não é comum alguém entrar de xorte na igreja, por exemplo. Mas tais regras não são absolutas - é caso a caso. Existem igrejas que fazem missões nas praias, aonde as pessoas já estão com roupa de banho. Mais importante do que a roupa, para Deus, é a intenção por trás do que se faz - inclusive se vestir. O certo é você, independentemente do sexo, perguntar diretamente para Deus sobre isso.

Não é Jesus quem é contra as feministas, são as feministas quem ainda não conhecem Jesus direito. Jesus não é de Direita nem de Esquerda, Ele é do lado que ficar do lado de Deus.

Jesus respeita a cultura de cada povo, de cada época, embora tenha Seus próprios princípios.

Quando você tiver dúvidas sobre o que fazer a respeito, existem duas regras-mor: "Amar a Deus acima de todas as coisas" e "amar ao próximo como a si mesmo/a". Elas dão a direção do que você deve fazer.