A expulsão de Adão e Eva foi justa?

Na verdade, tem mais a ver com misericórdia do que com justiça.

Dentro do Paraíso, havia duas árvores: a árvore da ciência do bem e do mal e a árvore da vida.

A árvore da ciência do bem e do mal, como a serpente disse, daria mesmo a capacidade de discernir o bem do mal, mas também transformaria o ser humano de voltado para os outros, como era antes, para voltado para si mesmo e seus próprios interesses, como é agora. Em suma, o ser humano se tornou egoísta.

Se o ser humano agora comesse do fruto da árvore da vida, simplesmente se tornaria um egoísta imortal, como o diabo.

Se você quer ter ideia de como se tornaria o mundo inteiro, vá num desses locais perigosos das grandes cidades, onde nem a polícia quer ir, e olhe bem o ambiente, ou vá aos lugares públicos aonde a corrupção impera. O mundo se tornaria um lugar cheio de malandros imortais fazendo malandragem uns com os outros, com o passar do tempo, bem parecido com os lugares noticiados pelos jornais policiais ou pelos jornais que denunciam a corrupção política. Em suma, um segundo inferno.

Deus poderia ter simplesmente destruído Adão e Eva: teria sido o mais sensato a ser feito, já que a natureza humana havia se tornado maligna. Ao invés disso, preferiu expulsá-los do paraíso. Deus é justo: sabia que Adão e Eva tinham desobedecido à Sua vontade. Mas Deus ainda amava Adão e Eva, como Pai: simplesmente os expulsou do Paraíso. E Adão, segundo a Bíblia, ainda viveu 930 anos, mais do que eu ou você sonharíamos viver. 

Milênios mais tarde, Deus enviou Jesus Cristo, que se tornaria o "Segundo Adão": a partir de um outro jardim, começou o caminho de pagar nossos pecados por nós, permitindo-nos de novo acesso ao Pai, dando-nos aquela comunhão que havia com Deus desde o início, apesar da nossa própria natureza tender ao mal.

Em Jesus, somos todos perdoados aos olhos do Pai, por pior que tenhamos pecado. Isso é a graça inentendível de Deus.