CONTOS DE HORROR
HORROROSO APRESENTAM:
O
PORTAL INTERDIMENSIONAL DA PRAIA DE TRAQUINHAS...
Enquanto
isso, um portal interdimensional se abria na praia de
Traquinhas, Santa Catarina, no horário de costume.
Todavia, desta vez, não havia gente da Clínica
para receber os viajantes interdimensionais.
Essa foi a sorte deles...
Do buraco interdimensional, surgiram três pessoas.
Uma delas era uma mulher muito velha, de rosto engraçado,
vestida de maneira um tanto antiquada, mas que carregava consigo
tecnologia fotográfica um tanto futurista. Parecia uma
repórter, mas das antigas, apesar do equipamento futurista.
A outra pessoa era um homem, vestido de uma maneira um tanto estranha,
que lembrava um pouco os hippies, só que asseado. Olhava ao
redor e se perguntava se não havia errado de praia. Vinha em
uma
espécie de automóvel hippie futurista, e parecia
perdido,
como quem havia pego a estrada errada.
A terceira figura parecia-se com um homem alto, de orelhas pontudas,
mas vestido de uma maneira algo vitoriana.
As três pessoas tomam noção uma da
outra, e, hesitantemente, resolvem se conhecer melhor.
- Alguém aqui fala inglês? - pergunta a mulher
idosa em inglês aos outros.
- Penso que consigo entender seu dialeto - diz o hippie futurista, num
dialeto inglês um tanto estranho.
- Isso que vocês estão falando é
inglês,
não? - disse o homem de orelhas pontudas. - Em que lugar da
Inglaterra estou?
- Isso aqui não parece ser a Inglaterra. - disse a mulher em
inlgês. - Isso aqui parece ser o sul do Brasil. Mas
está... diferente.
- Brasil? - diz o homem de orelhas pontudas. - É mais para
cima.
Aqui é a República Juliana, não? A
praia de
Traquinhas, aonde, dizem, há uma passagem para outras
dimensões.
- Engraçado... - diz a mulher. - Eu vim até aqui
atrás da mesma coisa. Dizem que muita gente desaparece por
aqui.
- Talvez devamos nos conhecer melhor. - diz o sujeito de roupas
futuristas. - Meu nome é Zircônio, da Tribo
Preciosa.
Vocês, obviamente, são de outras realidades. Qual
é
o seu nome, senhora?
- Bom, o meu nome é Anne. Sou uma repórter
investigativa,
e tenho cidadania européia. Aqui está o
meu
cartão. - disse, enquanto entregava seus
cartões de
visita aos seus novos colegas de destino.
- Hmmm... - diz o homem de orelhas pontudas. - O meu nome é
Salovais, do reino de Alcaçuz. Também sou um
escritor; e,
acreditem, estou tão desconcertado quanto vocês.
- E o que vocês supõem que
deveríamos fazer em seguida? - disse a senhora.
- Eu não sei. - disse Salovais. - Já que somos
viajantes, talvez devamos ficar juntos e examinar o local.
- Bom, parece não haver outro jeito. - disse Annie. -
Será que aqui tem alguma pousada?
- Sei lá. O jeito é investigar por conta
própria.
E eles saíram para desbravar aquele novo mundo desconhecido.